2° Período

 

PROJETO INTEGRADOR DE EXTENSÃO

ESTUDO COMPARATIVO DA INCIDÊNCIA DE LESÕES NO HANDEBOL E VOLEIBOL.

Bruna Silva dos Santos ¹

Gislaine de Oliveira Alves ¹

Carolina Beatriz dos Santos ¹

Fernanda Fernandes Hammes ¹

Maurícia Cristina de Lima ²

Tatiane Martins ²

Fernanda Bom-Fim ³

¹ Acadêmicas do 20 e 70 períodos do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário União das Américas - Uniamérica, Foz do Iguaçu, Paraná.

2 Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo (USP), Mestre em reabilitação e inclusão, Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória; docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário União das Américas - Uniamérica, Foz do Iguaçu, Paraná.

² Fisioterapeuta graduada pela Faculdade União das Américas ; Especialização em Saúde da Mulher pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais . Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário União das Américas - Uniamérica.

³ Graduada em Fisioterapia no Centro Universitário União das Américas - Uniamérica, Foz do Iguaçu, Paraná.

E-mail do autor correspondente: mauricia@uniamerica.br

INTRODUÇÃO

Atualmente, o hábito de praticar atividades esportivas está se tornando cada vez mais necessário, devido aos benefícios que favorecem a saúde. No que diz a respeito as competições em equipe, a qualidade de vida dos atletas deixa de ser uma prioridade, visto que, as altas cargas ocasionam um número grande de lesões decorrentes da prática das atividades (RIFFEL, MANN, KLEINPAUL, 2016).

O handebol e o voleibol são exemplos de esportes que exigem um grande esforço físico dos jogadores, provocando assim diversas lesões, sendo estas decorrentes dos deslocamentos contínuos, saltos e movimento súbitos. Os atletas destas modalidades esportivas possuem maior tendência para sofrer lesões, devido a realização das técnicas de maneira incorreta, causando impacto na saúde, como o aumento da sobrecarga em certas articulações do corpo, fraqueza dos músculos, tendões e ligamentos, desgaste do acrômio e lacerações. (RIFFEL, MANN, KLEINPAUL,2016).

Sendo assim, esse estudo avaliou atletas profissionais de ambos os esportes, analisando as principais lesões ocorridas entre o voleibol e o handebol, levando em consideração a faixa etária e o tempo em que praticam tais atividades esportivas.

METODOLOGIA

O presente estudo é do tipo observacional transversal, que foi realizado com jogadoras do time de Voleibol Feminino Centro Universitário União das Américas - Uniamérica, Foz do Iguaçu, Paraná.

O estudo foi realizado por meio de um questionário elaborado pelas autoras e respondido pela plataforma do Google Forms pelo link https://forms.gle/a5xrhW1uCNDsq2457, o qual foi enviado para os participantes por meio doaplicativo Whatsapp.

Como critério de inclusão foram: atletas com idade entre 17 e 22 anos, mediante ciência e assinatura no termo de consentimento livre esclarecido (TCLE), e o questionário para o responsável estar ciente e autorizar a participação do estudo. Os critérios de exclusão foram: atletas que não nos devolveram o formulário preenchido, que não relataram nenhum tipo de dor ou atletas que não quiseram por algum motivo participar do estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram do estudo 14 atletas, na faixa etária entre 17 e 21 anos. Verifica-se no respectivo estudo que 38,5% das atletas praticam o esporte de 3 a 4 anos e 38,5% acima de 5 anos.

A prevalência das regiões mais lesionadas foi em 85,7% no joelho, 57,1% no ombro, 41,7% no tornozelo, 21,4% no punho, mãos e o tornozelo. Referente, as principais lesões, sofridas pelas atletas de voleibol, observa-se no gráfico Voleibol 1, que a entorse foi a principal (33,3%), já a fratura e a luxação ficaram com 25% e a tendinite com 16,7% dos casos.

Gráfico Voleibol 1 - Lesões



As lesões musculoesqueléticas foram manifestada em 50% das atletas de handebol, conforme mostra o gráfico Handebol 1, onde 25% delas sofreram luxações nos joelhos e ombros, 8,3% rompimento de ligamento com estiramento da coxa e 16,7% não sofreram lesões múltiplas.

Gráfico Handebol 1 - Lesões


A principal posição no vôlei que ocasionou tais lesões foi em corte/ataque, correspondendo a 50% dos casos, enquanto o bloqueio e toque ficaram com 16,7% cada, o saque e o levantamento com 8,3%. Alguns autores relatam que o salto é o principal causador de lesões no voleibol, devido principalmente ser a fase que mais exige esforço da musculatura

(SENNA, ALMEIDA, 2016).

Dentre os fatores de risco que podem ter colaborado para as lesões musculoesqueléticas, o aquecimento insuficiente (35,7%) , o medo e a segurança (35,7%), a falta de concentração e o alongamento inadequado (14,3%), foram os mais relatados pelas atletas. Para o diagnóstico das lesões 57,1% afirmam ter sido examinado por um médico ou fisioterapeuta, 21,4% deduziram o seu próprio caso e 21,4% destacam que seu técnico ou treinador analisou o seu devido estado.

Embora a população do estudo esteja dividida em duas faixas etárias jovens/adultas, não houve uma diferença acentuada em relação à influência da idade no desenvolvimento de patologias.

Já no handebol, o local mais acometido, foi o tornozelo. De acordo com o estudo de Girotto (2012) essas lesões podem ser decorrentes dos contínuos movimentos de giro e aceleração, as alterações constantes de direção, além dos arremessos com saltos e repouso em um pé só.

Ao analisar os resultados relacionados ao tipo de lesão que as atletas mais sofreram, as entorses de tornozelo lideraram em ambos os esportes, de acordo com o estudo de Vieira (2020) essa lesão é a mais comum em atletas e esses resultados estão de acordo com o respectivo estudo. Em relação ao tipo de lesão que as atletas menos sofreram, as jogadoras de voleibol possuíram menor ocorrência em tendinites, já as handebolistas tiveram menor incidência do rompimento de algum ligamento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nas informações coletadas constatou-se que, as atletas de voleibol já sofreram algum tipo de lesão ao longo da sua carreira somando um total de 85,7%, onde o joelho lidera o local mais acometido. Já no handebol a lesão mais comum foi a entorse de tornozelo.

O produto desenvolvido foi um panfleto explicativo onde indicamos os resultados da pesquisa e com alguns exercícios indicados para aquecimento e alongamento.

REFERÊNCIAS

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BEDO, B. L. S.; MANECHINI, J. P. V.; SILVA, S. R. D. Índice de Lesões em Jogadores de Handebol. Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto - EEFERP - USP. 2015. Disponivel em: https://www.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/congressos/ivcic/41572921897.pdf Acesso em: 11 de outubro de 2020.

BORELLA, Douglas Roberto et al. Incidência de lesões esportivas em atletas com deficiência física praticantes de handebol em cadeira de rodas. Revista da Sobama, v. 13, n. 1, p. 7-13, 2012. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/sobama/article/view/3602 Acesso em: 20 de agosto 2020.

FORNARI, Valquiria et al. Avaliação isocinética do ombro de um time infanto juvenil de voleibol feminino.2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Gilnei_Pimentel/publication/301927928_Isokinetic_evaluation_of_shoulder_of_a_U18_female_volleyball_team/links/572c84d808ae88d4a32d625e/Isokinetic-evaluation-of-shoulder-of-a-U18-female-volleyball-team.pdf Acesso em: 20 agosto 2020.

MORAES, José Cicero; BASSEDONE, D. da R. Estudo das lesões em atletas de voleibol participantes da Superliga Nacional. Revista Digital-Buenos Aires, v. 111, p. 1-8, 2007. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd111/estudo-das-lesoes-em-atletas-de-voleibol.htm Acesso em: 10 de novembro de 2020.

RAMOS, Douglas et al. Treinamento proprioceptivo na prevenção da lesão de entorse de tornozelo em atletas-uma revisão sistemática. Dê Ciência em Foco, v. 3, n. 1, p. 118-128, 2019. Disponivel em: https://revistas.uninorteac.com.br/index.php/DeCienciaemFoco0/article/view/275/86# Acesso em: 18 agosto 2020.

RIFFEL, Bruna Stefanello; MANN, Luana; KLEINPAUL, Julio Francisco. Análise acerca das lesões ocasionadas pela prática do handebol. Hígia-revista de ciências da saúde e sociais aplicadas do oeste baiano, v. 1, n. 2, 2016. Disponível em: https://fasb.edu.br/revista/index.php/higia/article/view/124 Acesso em: 20 de agosto de 2020.

SILVA, Bruna Vitoriano; ALMEIDA, Marcos Rogério Madeiro de; SANTOS, Maria Josiane da Silva. Tendinite do manguito rotador e sua relação com atividades laborais: uma revisão integrativa. 2016. Disponível em: https://45.170.157.12/home/handle/123456789/37 Acesso em: 20 de agosto de 2020.

SENNA, Gabriela de Almeida et al. Lesões Esportivas em Jogadoras Universitárias de Voleibol. 2016. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/177627 Acesso em: 30 de novembro de 2020.

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VIEIRA, Sandro Emílio; DA SILVA REZENDE, Matheus. Tratamento fisioterapêutico para instabilidade articular nas entorses de tornozelo. Scire Salutis, v. 10, n. 2, p. 9-17, 2020. Disponivel em: https://sustenere.co/index.php/sciresalutis/article/view/CBPC2236-9600.2020.002.0002/2046 Acesso em: 18 agosto 2020. 

PRODUTO. 

Vídeo de apresentação do projeto.


UniAmérica, Av. das Cataratas, 1118- Vila Yolanda, Foz do Iguaçu.
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